Donnerstag, 1. Mai 2014

Férias nos EUA

O deixa que eu te levo é um blog sobre a Suíça. Infelizmente ele está meio abandonado no momento, por causa da gravidez e do tanto de atenção que a filhota mais velha está exigindo.
Mas no mês de abril fomos fazer férias nos EUA, e essa viagem foi tão intensa, aprendi tanta coisa, que tive a necessidade de escrever e compartilhar com todos o que vivemos lá.
vou escrever em tópicos, e vou colocar aqui o que me vier na cabeça.. portanto não esperem muita ordem por tema, e sim por prioridade do que ficou marcado em mim.

- Nos EUA tudo é grande! prédios, mercados, ruas... é tudo longe. Pensem que moro na Suíça onde tudo é pequeno, perto, compacto e essa foi minha referência. Talvez para quem mora no Brasil seja tudo muito parecido.
- O Brasil é extremamente influenciado pelo modo de vida americano. Muitas vezes me senti no Brasil. Mesmo os brasileiros que criticam os EUA, vivem sobre essa influência e modo de vida norte americano.
- Mesmo me dando a impressão da semelhança com o Brasil, os EUA é sem dúvida mais organizado, seguro e limpo. Não é perfeito, de jeito nenhum. E nesse sentido a Suíça é mais organizada ainda. Mas conheci tantos brasileiros "fugindo" do Brasil para ter uma vida melhor nos EUA, que comecei a reparar nesse sentido também. Fiquei chocada quando conheci casais de brasileiros onde o marido virou dono de casa e a esposa trabalha e sustenta a vida do casal. Isso tudo para ter uma vida melhor do que a do Brasil. Em uma cultura patrical como a brasileira, onde o homem é o chefe da família, os homens se sujeitarem a trabalhar como donos de casa e cuidar das crianças me deixou muito surpreendida. Vi várias famílias da classe média brasileira, com bom estudo, boa condição financeira e pontencial de empreender e gerar dinheiro para o Brasil, fazendo de tudo para morar fora e ter o emprego mais valorizado e o seu imposto retornado em benefícios, principalmente segurança. Isso não sou eu que estou dizendo, e sim o André, que encontramos brincando com a sua filha no parquinho da Madison Square.
- Nos EUA eu vi uma realidade que é sabida mas nunca me foi esfregada na cara como lá. A classe social é diretamente ligada com a cor da sua pele. Tem excessões? deve ter.. eu não vi. Via de regra, o dono do mercado é branco, o caixa, o empacotador e o faxineiro são negros. Reparei que eles são fortes, não são de se rebaixar, lutam! Mas a separação é enorme! e pela primeira vez vi isso tão na cara, tão claro que tive que pensar sobre o assunto, que é real. Sua cor te define.
- Os americanos são simpáticos. Do seu modo. De um modo diferente do Brasileiro, diferente do Suíço, de um modo que demorei uns dias para me acostumar e acreditar que aquilo era realmente simpatia.
- O preço da etiqueta não é o preço real. no caixa o imposto ainda vai ser cobrado e isso me irritou muito. Se na etiqueta está escrito 20,00 dolares, calcule mais 8% (em NY) ou 6% na flórida, cada estado é diferente. Gorjetas são quase uma obrigação. geralmente vem escrito no recibo o quanto de gorjeta é esperado. Em um restaurante por exemplo eles pedem "gentilmente" 20% do valor para o serviço.
- Nos EUA praticamente não se vive sem carro. Em NY talvez seja mais fácil mas Washington e Miami quando perguntamos sobre o transporte público deram risada e falaram para pegar taxi ou alugar carro.
- É difícil e caro comer bem. Aprendi que tenho que agradecer pela qualidade da comida que tenho. Mas bacon com xarope de milho e panqueca até que é gostoso.
- Quase não acredito que para brasileiros é mais barato comprar nos EUA do que no Brasil. Para a minha realidade a diferença não é tão grande não. Penso o quanto está caro o Brasil?!!
- Na flórida a língua oficial é espanhol e/ou português. raramente gastei meu inglês.
- São patriotas e ponto. Isso é sabido.
- Não são tão gordos quanto eu imaginei.
- Em frente à Casa Branca há protestos sem fim. Gente contando e falando verdades que não são ditas por aí aos quatro ventos. Os  temas mais batidos são as guerras e o fato de os EUA controlarem e observarem tudo e todos.
- Páscoa não tem um grande significado. Não vimos decoração nenhuma, nada de ovos, chocolates e afins.Vi muitos judeus e vi que comemoram o passover (não sei bem o que é comemorado). Por viver na Suíça e ter vivido no Brasil o catolicismo tão forte, achei estranho não ver a páscoa presente.
-  É difícil viajar com criança de dois anos e grávida para uma cidade grande.

Acho que por enquanto é isso.. vou completando o blog se lembrar de mais coisas.
abraços
Re.