Mittwoch, 19. September 2012

Que tal se aventurar no interior?

"era uma vez, um lugarzinho no meio do nada, com sabor de chocolate e cheiro de terra molhada..."
Quem lembra?

Esse lugar existe! Fica a 3h partindo de Zürich, é o vilarejo Broc onde está a fábrica de chocolate mais antiga da Suíça, a Cailler. E ontem fui me perder pra lá.
A viagem demora um pouco, ainda mais quando você tem um carrinho de criança e acaba perdendo uma das conexões. Mas é aquele demorado tranquilo. Eu saí de Baden onde moro, na ida fiz 2 conexões de trem e na volta 3. Ainda bem que todos se dispõe a ajudar para colocar o carrinho no trem quando ele não era no nível do chão.

Levantei cedão e lá fui eu com a Melissa, minha filhota (que dormiu lindamente confortável a maior parte do dia... ). Nas cidades grandes eu me acho, foi super fácil pegar o trem aqui, descer em Berna e pegar o outro lá. Já quando estou no interior me perco. Bulle é a maior cidade antes de chegar no vilarejo Broc. A partir de Bern troca o idioma de alemão para francês, e no interior é mais difícil achar quem fale inglês ou alemão, daí vou eu lá gastar o meu francêsespanhoneisitalianesportuguês para me achar.

Até eu descobrir onde saia o trem para o vilarejo eu já tinha perdido, e lógico que lá não é como aqui que tem trem a cada 15min, e sim de 1 em 1h! Para uma cidade tão pequena não vale a pena ter trens com maior frequência. (levei na esportiva e fui tomar um café no meio tempo.. em francês, mas ouvindo Zeca Pagodinho na lanchonete... eeee Brasil!)

Entrei no trem, com muito esforço, porque dessa vez só estava eu com a Melissa no trem e mais duas senhoras bem de idade que não puderam me ajudar, mas insistiam em falar comigo no melhor do francês e eu só respondia "oui" e dava uma risadinha! Entendi meia dúzia de palavras pingadas, o que as fez pensar que eu mandava no francês. Enfim chegamos em Broc-Fabrique.

Aí me veio aquela música na cabeça. A cidade cheira a chocolate, tem gosto de chocolate, tanto que até me fez perder a vontade de comer. E realmente é no meio do nada! Chegando na fábrica da Cailler você pode escolher a língua para o tour. Alemão, francês ou inglês. Não perguntei se havia outras opções. A visita dura mais ou menos 30 min. Começa com um caminho contando a história do chocolate, terminando com a fundação da Cailler, que é bem interessante.
Depois tem exposição de cacau, nozes, leite e por fim um pouquinho da produção. No fim tem degustação (volta a vontade de comer. hhhmmmm!!) e um atelier onde teoricamente pode-se fazer o próprio chocolate e levar pra casa. Ontem o lugar estava reservado para estudantes. Dizem que se tiver livre e se formar um grupinho, eles abrem para os visitantes. Mas a moça da recepção me contou que é bom reservar, senão as chances são mínimas. E como para todo lugar turístico a visita termina em uma lojinha e um restaurante.

De Broc-Fabrique tive a coragem de voltar pra Bulle e ir para Gruyére ainda, apesar do cansaço, mas já que fui até lá... Chegando na estação de Gruyére, atravessei a rua e lá estava a fábrica de um dos queijos mais famosos da Suíça. Também com uma visita de 30-40min e amostrinha do queijo. O tour é feito com uma espécie de telefone em várias línguas, e quem conta a história do queijo e também do seu dia-a-dia é a Vaquinha Cereja. Muito simpática por sinal. No fim tem a vista do porão onde é estocado o queijo Gruyére, uma lojinha e um restaurante. Em Gruyére também tem a opção de visitar o castelo. Você pode comprar o entrada combinado para visita da fábrica e do castelo. Não fui até lá, mas ouvi dizer que vale muito à pena.

O caminho de trem até essa região é muito gostoso. 3 horas de paisagens lindas, com direito a vista para os Alpes e fazendas com muitas vaquinhas. Bucólico, silencioso e com o ar puro que somente a região dos Alpes Suíços oferece. Os trens são na sua maioria modernos. E para quem vai com as crianças tem vagão para famílias, com parquinho (sim, tem um parquinho dentro do trem).

Agora, valeu a pena? Posso falar bem sinceramente? Pra mim não. Se você estiver a caminho de Genebra ou Montreaux por exemplo e vai passar uns dias viajando pela região, pode parar para almoçar um Fondue e ir visitar a fábrica do Gruyére, ou então se bater uma vontade irresistível de conhecer a cidade com gosto de chocolate, vá, é gostoso e uma pausa na viagem faz bem! Mas não pegue um dia da sua viagem somente para isso, a não ser que você faça muita questão. A entrada dos lugares é meio cara para o que é oferecido. Fr. 10,- para a Cailler e Fr. 7,- para Gruyére com meia hora de visita cada, mas se pensar que os dois lugares fazem parte da essência suíça... da gosto de ter ido.

A baixo fotos para despertar a curiosidade.
vou deixando vocês por aqui.

beijos
Renata.

trem de Berna para Bulle

vista de dentro do trem

vista de dentro do trem

estação de trem Broc Fabrique

entrada da fabrica da Cailler

uma das embalagens mais velhas dos chocolates Nestlé

Painel de propaganda da Cailler

Parede de chocolate na loja da Cailler

Fábrica da Cailler

Exposição na fabrica do queijo Gruyére

Exposição na fabrica do queijo Gruyére 
Exposição na fabrica do queijo Gruyére

vaquinha cereja

banquinho para crianças

História do Gruyére

Porão de conservação do queijo Gruyére



Sonntag, 9. September 2012

Pilatus e o caminho de trem mais íngreme do mundo!

Hoje vou levar vocês para Pilatus.

Semana passada acompanhei o casal Robson e Jaqueline. Eles estavam por 3 dias na Suíça, nos encontramos por acaso e eles decidiram deixar o "Deixa que eu te levo" levá-los.

Foi um dia ótimo, um pouco nublado, mas lindo e divertido com um casal super simpático. No tempo em que estavam aqui, queriam visitar os Alpes e Luzern. Eles mesmos pesquisaram onde ir e só me pediram para acompanhar.

Trem até as montanhas têm, como para qualquer parte da Suíça, o caminho porém é chatinho. Plataformas e mais plataformas, conexões e mais conexões, mas o Deixa que eu te levo mostra o caminho.

O casal decidiu visitar a montanha Pilatus, uma boa escolha, já que fica à apenas 30min de Luzern, que seria a próxima parada. Pilatus fica a pouco mais de 2100m acima do nível do mar e é conhecida por ter o caminho de trem mais íngreme do mundo (inclinação máxima 48%). No Pilatus, não é o pico o objetivo. A subida com o trenzinho é linda e é o auge da visita.
É mesmo íngreme?? É!! bem íngreme, sensação de montanha russa (ta, talvez algumas montanhas russas sejam mais íngremes, mas na emoção do momento, o subida pro Pilatus é bem inclinada). Recomendação importante pra quem vai e tem medo de altura: Em certos momentos você vai preferir não olhar pra fora, se olhar, concentre-se na subida, descida pra quem tem medo... não é legal. Pra quem gosta, se apresse para pegar o primeiro vagão.

Depois de meia hora de trem, chega-se ao pico da montanha. Ai que lugar! Eu sou meio suspeita a falar, sou fã de carteirinha dos Alpes, fã de qualquer vista que se tenha deles ou de cima deles. Com neve ou sem, com frio, sol, chuva ou vento... mesmo assim sou amante dos Alpes.
Como eu já disse, o dia estava nublado, mas nos 2100m de altura ficamos por cima das nuvens. Aquele mar de nuvens aos seus pés, o sol brilhando (o sol que você quer aproveitar muito, porque sabe quando descer vai estar nublado), a escada que leva até o topo do topo e a vista, apaixonante.

Tem que ir ver, escrever sobre isso é muito difícil. Ainda mais para uma apaixonada pelos Alpes como eu. Mas vou colocar fotos no fim pra ver se da pra entender melhor o que quero dizer.
Há outras possibilidades de subir no Pilatus. O que muitos fazem é subir de teleférico, descer com o trem e ir até Luzern de barco, uma opção maravilhosa!

Do Pilatus para Luzern fomos de trem. Sobre o passeio nem preciso comentar muito. No meu post sobre Luzern já falei o quanto gosto de lá, e com o Robson e a Jaqueline foi mais uma vez uma delícia passear e ter o prazer de apresentar a cidade aos dois que se deixaram levar.

vou deixando vocês com fotos, do passeio nublado e lindo!
beijos Re